quinta-feira, 26 de março de 2009

A RAINHA DO CANGAÇO


Maria Gomes de Oliveira, a Maria Déia e finalmente Maria Bonita, foi a primeira mulher a aparecer no cenário do cangaço. Nascida em 8 de março de 1911 (Data do dia Internacional da Mulher) em uma fazenda em Santa Brígida, na Bahia. Era filha de José Felipe de Oliveira e Maria Joaquina Déia. Tinha onze irmãos. Ela casou-se aos quinze anos com um sapateiro, com quem vivia às turras. Durante uma das separações do marido, o que era constante, Maria Bonita conheceu Lampião e apaixonou-se. Lampião, nesta época, tinha quase trinta e três anos e Maria pouco mais de vinte. Foi amor a primeira vista que os uniu até a morte.


Continuou morando na fazenda dos pais, mas um ano depois (1930) foi chamada por Lampião para fazer efetivamente parte do bando de cangaceiros, com quem viveria por longos oito anos.
Com o cangaceiro, Maria Bonita teve uma filha de nome Expedita e teve também três abortos. Morreu em 28 de julho de 1938, quando foi degolada ainda viva pela polícia armada oficial (conhecida como "volante"), assim como Lampião e outros nove cangaceiros.

Em “Cangaço”, Maria Bonita é interpretada por Andréa Bandeira, que andou um pouco afastada dos palcos desde sua estreia em “Arapuca – Tragédia Sertaneja”, em 2002. Questionada sobre o papel que vem desempenhando afirmou que sua Maria Bonita “terá todas as angústias, alegrias, tristezas, esperanças, olhar firme, brilhante da Rainha do Sertão...”


Assim como na vida real, em “Cangaço”(espetáculo premiado com o Edital Manoel Lopes Pontes de Estímulo a Montagem de Teatro do Estado da Bahia, Fundo de Cultura, Secretaria Estadual de Cultura, Fundação Cultural do Estado, Governo da Bahia e apoio da Fundação Cultural de Ilhéus, Diário de Ilhéus, DANA) a intervenção de Maria Bonita acaba por impedir vários atos de crueldade de Lampião. Foi depois dela que os outros cangaceiros trouxeram suas companheiras para fazerem parte do bando.

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