quarta-feira, 4 de março de 2009

JARARACA


José Leite Santana, “um escupeteiro dus bom” (expressão empregada pelos cangaceiros para um exímio rastejador, aquele que segue o rasto de alguém) era conhecido no bando de Virgulino como Jararaca. O apelido dispensava qualquer comentário sobre sua ferocidade. Ele tinha vinte e seis anos de idade, quando deu baixa nas fileiras do Exército. Nasceu em Buíque, Estado de Pernambuco, no dia 05 de maio de 1901.
Sabia ler e escrever corretamente. Verificou praça em Maceió, no ano de 1921. Como soldado do Exército, serviu no 3º. R. J. Engajou no 1º. R.C.D. (Primeiro Regimento de Cavalaria Divisionária). Tomou parte na Revolução de São Paulo, a favor da legalidade. Perseguiu os rebeldes no Rio Grande do Sul e foi ordenança do coronel Antonio Francisco de Carvalho, da Junta de Alistamento Militar do Rio de Janeiro. No bando de Lampião, chefiava um subgrupo composto de oito homens. Tornou-se cangaceiro com 26 anos de idade, alegando seguir a vida de bandido, porque Lampião vivia em sua perseguição. Passou no cangaço um ano. Em Mossoró, quando procurava tirar os arreios do seu companheiro Colchête, mortalmente ferido, foi baleado e fugiu.
Os soldados da polícia potiguar conseguiram localizá-lo. Jararaca foi preso e submetido a interrogatório. Seguiu para o cemitério local. Cavou sua própria sepultura, distante das catacumbas dos cristãos. Os soldados deram-lhe dois tiros, abreviando-lhe a morte.
Em “Cangaço”, Jararaca é interpretado pelo ator Kaique Cavalcante, goiano de nascimento, chegou à Bahia aos quinze anos. Desde criança aprendeu a gostar de teatro e sempre se destacou nas peças da escola. Morou um tempo em Itabela onde participou das oficinas do Projeto Chapéu de Palha, da Fundação Cultural do Estado da Bahia. Em Ilhéus, se engajou nas oficinas da Fundação Cultural e agora integra o Grupo Teatro Total e o bando de Cangaço.

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