quarta-feira, 4 de março de 2009

ENSAIOS NA RETA FINAL


O espetáculo “Cangaço”, com texto e direção de Pawlo Cidade, que deverá estreiar nos próximos dias no Teatro Municipal de Ilhéus, segue na reta final de preparação do elenco. Recentemente, o grupo participou de uma oficina de campo com o Ator e Diretor de teatro Silvestre Guedes. Na oportunidade, o elenco esteve envolvido com técnicas de expressão corporal, tempo e ritmo do texto. O trabalho foi desenvolvido numa fazenda próxima ao distrito de Maria Jape. Além de conhecer de perto as dificuldades pelas quais passavam os cangaceiros na época de Lampião, os atores também puderam compreender um pouco sobre a matriz dionisíaca da qual tanto falou alguns dos principais teóricos do Teatro Mundial. Ciro Nonato, um dos atores da montagem que interpreta o mulato Azulão disse que participar de oficinas de preparação como a do ator “enriquece e fortalece a interpretação”. Para Andréa Bandeira, a Maria Bonita, a experiência é singular e única. E relata: “É através do laboratório que o ator vai se aproximando da personagem de tal forma que é preciso entender o distanciamento para que eles não se misturem”. Já Val Kakau, que protagoniza Lampião, salientou a importância de ações como esta na concepção de um espetáculo: “Sem exercícios de corpo, voz e ritmo fica difícil compreender a personificação, o desdobramento, o nascimento da personagem”.
“Cangaço” foi premiado com o Edital Manoel Lopes Pinto de Estímulo a montagem de teatro no Estado da Bahia, patrocinado pelo Fundo de Cultura, Secretaria Estadual de Cultura e Secretaria da Fazenda, Governo do Estado da Bahia, promovido pela Fundação Cultural do Estado da Bahia. Com cenários e figurino de Justino Vianna, Som de Letto Nicolau, Luz de Du Moura, Assistência de Direção de Paulo Costa, Preparação de Ator por Silvestre Guedes, Sonoplastia de Rui Conceição e o elenco composto por Andréa Bandeira, Val Kakau, Kaique Cavalcante, Ciro Nonato, Bruno Martinelli, Ed Paixão, Roma Góes. “Cangaço” narra os últimos momentos de Virgulino Ferreira, o Lampião, e seu bando próximo à gruta de Angicos, onde morreu na manhã de 28 de julho de 1938.

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